Sol na praça
O sol está quente, mas agradável. Parece uma manta que aquece com conforto.
Lia tranquilamente, tão tranquila que fui adormecendo. Senti um vasto conforto dentro de mim como uma ausência de turbulência, um voo tranquilo.
Ao redor fotógrafos, músicos... quem só está de passagem desacelera os passos ao entrar neste santuário. Os pássaros caminham no chão ao meu redor sem me temer.
São muitas as fontes de barulho, ônibus, carros, motos, equipamentos pesados das obras no entorno da praça. Ao longe, não tão longe, moças conversando, três, deitadas à sombra de uma árvore. Mas nada incomoda só faz parte. Parte de um todo, como um relógio e suas engrenagens ou uma orquestra com seus músicos e instrumentos.
Abro os olhos e vejo o livro a minha frente, volto alguns parágrafos tento ler mais um pouco. Meus olhos pesam novamente e o processo se repete mais algumas vezes. Desisto de ler. Tudo me embala e o sono persiste.
Apesar do calor e do sol alto o céu ainda está muito azul e as árvores muito verdes balançando ao vento que vez por outra faz cair em mim pequenas flores amarelas. As guardo no livro já que foram expulsas de seus galhos e tive dó de deixá-las serem pisadas contra o concreto do chão. Talvez ficariam melhor na grama, mas sou egoísta o suficiente para mantê-las comigo.




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